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Mas você já se perguntou de onde surgiu essa ideia engenhosa e criativa? A quantos anos o ser humano tem contato com os telhados verdes? e como esta tecnologia poderia mudar significativamente o modo como interagimos com os sistemas urbanos?

Você já ouviu falar de plantas, hortaliças e até árvores que podem ser colocadas com muita eficiência em cima de telhados de todos os tamanhos e lugares? Para esta nova forma de pensar o verde dentro das cidades, chamamos os famosos “Telhados Verdes”, “EcoTelhado” ou até mesmo “Coberturas naturadas”.

Telhado Verde

 

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          Definição e História

 

O telhado verde é uma técnica multifuncional que une a parte estrutural de uma edificação com aspectos naturais, sendo esta, o principal diferencial. Sua estrutura é composta basicamente por quatro etapas que a depender de fatores estruturais, de projeto ou até mesmo do profissional que esteja fazendo o telhado pode se modificar e são elas: Camada Impermeabilizante; Sistema de Drenagem, Substrato e a Camada de vegetação.

Figura : Sobreposição de camadas em uma cobertura verde

Fonte: Tanner e Scholz-Barth (2004)

O telhado verde ainda pode ser dividido em três tipos específicos, que consideram, características como, vegetação a ser escolhida, profundidade do substrato, custo entre outras. Na tabela a seguir é possível observar detalhadamente a diferença entre cada tipo de EcoTelhado.

Tabela 1 - Classificação dos tipos de Telhados Verdes

Fonte: Adaptação de IGRA (2014)

Os telhados verdes, atualmente, exercem um papel fundamental para a vida dos seres humano, inseridos dentro dos espaços urbanizados. Tem sido assim desde a sua origem, já nos primeiros registros de cidades, aglomerações urbanas, vilas ou povoados a cobertura vegetal é utilizada como proteção natural para ventos fortes, intensas precipitações e frio, como utilizados pelos Viking entre 700 a 1000 anos depois de cristo.

 

E esta utilização vai percorrendo a história não apenas como uma forma de atenuar efeitos climáticos mas também como um elemento paisagístico de grande valia.

Tabela 2 - Registros de utilização de coberturas naturadas

Fonte: Rocha (20??)

No Brasil a tecnologia está presente em algumas cidades das principais áreas urbanas do país. Segundo o engenheiro agrônomo Edimar Binotti, o primeiro telhado verde foi instalado em 1998 no Estado do Espírito Santo, na cidade de Pedra Azul, município de Domingo Martins (LOYOLA, 2011). Atualmente a técnica vem se espalhando e ganhando outros formatos em vários estados.

Figura 2: Primeiro telhado verde construído no Brasil, 1998

Fonte: Fjordland (20??)

No recife, já contamos com o suporte de legislação municipal, exemplos e boas práticas de telhados verdes que aos poucos pretende incorporar a essência da própria cidade.

 

A Lei Municipal 18.112 de 2015, foi um marco para a história da cidade, atualmente ainda é difícil identificar na prática os seus resultados mas por se tratar de um legislação urbana o efeito pode levar um tempo para ser sentido. O mais importante é que ações e atitudes como esta possam ser assimiladas e reproduzidas em várias outras capitais.

Etapas

Para a construção de um telhado verde uma das etapas fundamentais é o planejamento prévio e estudo da estrutura a ser trabalhada.

 

Se for construir a partir de uma estrutura já pronta, é importante fazer os cálculos necessários para garantir a segurança da obra, se for incluir o telhado em um projeto, é importante considerar todos os aspectos pertinentes à obra.

Por conseguinte, algumas etapas são listadas por diversos autores e que podem variar a depender de muitos fatores específicos, a seguir algumas etapas descritas retiradas do trabalho desenvolvido por Wong (2004).

Quadro 01:  Descrição do sistema construtivo de coberturas verdes

Fonte: Wong (2006)

        Impactos Ambientais

 

As coberturas vegetais apresentam ao longo da sua existência vários impactos positivos. Muitos estudos científicos demonstram como esta estrutura pode não apenas ser eficaz mas também ser extremamente eficiênte. Alguns desses impactos positivos são:

 

  • Função ecológica, dando suporte à biodiversidade e projetando uma nova interação entre os elementos da paisagem;

  • Função estética, produzindo espaços acolhedores passíveis de interação social, auxiliando na melhoria da saúde mental e física dos indivíduos;

  • Função energética, contribuem para a regulação térmica local aumentando a eficiência energética e atenuando os efeitos das ilhas de calor;

  • Maior vida útil do telhado, pois a partir da estrutura viva inserida, sistemas como o de drenagem e impermeabilização podem ser aperfeiçoadas. Trazendo maior proteção contra incêndios, contra radiação solar e também diminuindo o escoamento superficial excedido, influenciando a retenção de águas pluviais.

Quadro 02: Descrição das vantagens e desvantagens entre uma cobertura verde intensiva e uma cobertura verde extensiva

Fonte: Johnston e Newton (2004)

       Exemplos de Telhados Verdes em RECIFE

       Exemplos de Telhados Verdes no BRASIL

       Exemplos de Telhados Verdes no MUNDO

REFERÊNCIAS

 

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LOYOLA, Darshany. Telhados verdes unem economia, sustentabilidade e beleza no ES. 2011. Disponível em: <http://g1.globo.com/espirito-santo/mercado-imobiliario/noticia/2011/09/telhados-verdes-unem-economia-sustentabilidade-e-beleza-no-es.html>. Acesso em: 12 maio 2017.

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ROCHA, Sérgio. Telhados Verdes: da pré-história ao velho oeste. São Paulo: Cidade Jardim, 20??.

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​TANNER, S.; SCHOLZ-BARTH, K. (2004). Green roofs: federal energy management programent(FEMP). Golden: Department of Energy; Energy Efficiency and Renewable Energy; NationalRenewable Energy Laboratory. N.DOE/EE0298.

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